4/05/2017

Fundo de População da ONU lamenta decisão dos EUA de suspender financiamento


O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lamentou nesta terça-feira (4) a decisão dos Estados Unidos de negar qualquer financiamento para o trabalho da agência no mundo. "Nós sempre consideramos os EUA como um parceiro de confiança e um líder em ajudar a garantir que toda gravidez seja desejada, todo parto seja seguro e cada jovem alcance seu potencial", disse a agência da ONU em comunicado.

Relatório de grupo de trabalho de especialistas independentes da ONU conclui que o direito das mulheres à saúde precisa ser autônomo, efetivo e acessível. Foto: EBC

Foto: EBC

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) lamentou nesta terça-feira (4) a decisão dos Estados Unidos de negar qualquer financiamento para o trabalho da agência no mundo.

Segundo a organização, a decisão norte-americana baseia-se na "afirmação errônea de que o fundo apoia ou participa na gestão de um programa de aborto coercivo ou
esterilização involuntária" na China.

"O UNFPA refuta esta afirmação, uma vez que todo seu trabalho promove os direitos humanos dos indivíduos e dos casais para tomarem as suas próprias decisões, livres de coerção ou de discriminação", afirmou o UNFPA, em nota. "De fato, os Estados-membros das Nações Unidas há muito descrevem o trabalho do UNFPA na China como uma força para o bem", completou.

De acordo com a agência da ONU, os EUA são um de seus membros fundadores, e têm sido por muito tempo "parceiros do UNFPA no trabalho de proteger e promover a saúde reprodutiva e os direitos das mulheres e meninas, com a finalidade de melhorar sua saúde e a saúde de suas famílias".

"O apoio que recebemos ao longo dos anos do governo e do povo norte-americano contribuiu para salvar dezenas de milhares de mães de mortes e incapacidades evitáveis, especialmente agora nas crises humanitárias globais que estão se desenvolvendo rapidamente."

Com contribuições anteriores dos EUA, o UNFPA afirmou estar combatendo a violência baseada no gênero e reduzindo o flagelo das mortes maternas nos locais mais frágeis do mundo, em áreas de conflito e desastres naturais, incluindo o Iraque, Nepal, Sudão, Síria, Filipinas, Ucrânia e Iêmen.

"Nós sempre consideramos os EUA como um parceiro de confiança e um líder em ajudar a garantir que toda gravidez seja desejada, todo parto seja seguro e cada jovem alcance seu potencial. Esperamos, portanto, poder continuar o nosso trabalho com os EUA para abordar estas preocupações globais e restaurar a nossa forte parceria para salvar as vidas de mulheres e meninas no âmbito dos objetivos globais de desenvolvimento, sem deixar ninguém para trás."

Acesse o comunicado original do UNFPA em inglês (http://bit.ly/2o69rSi) e em português (http://bit.ly/2o5XJHj).

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