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12/28/2019

Baixar Grátis o livro: O Pão Nosso de Cada Dia: Processos Produtivos no Brasil

O livro "O Pão Nosso de Cada Dia: Processos Produtivos no Brasil" do autor Ladislau Dowbor está disponível para ser baixado gratuitamente em pdf. Trata-se de uma importante obra que leva a reflexão sobre as condições de trabalho no país. Para baixar Clique aqui

Mais informações:
Ladislau Dowbor | 2015
144 Páginas
Editora: Fundação Perseu Abramo
ISBN: 978-85-7643-266-1

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12/15/2019

Câmara de Ibiam-SC é a primeira a emitir moção de repúdio à mudança de nome da Região Turística Vale do Contestado

mudança de nome da Região Turística Vale do Contestado para o título subjetivo "Vale dos Imigrantes" no Mapa Turístico Brasileiro de 2019/2021 proposta pela  Instância de Governança Regional do Vale do Contestado, composta por 69 municípios no dia 04 de julho de 2019 recebeu a primeira moção de repúdio vindo de uma Câmara de Vereadores.

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Recentemente foi republicado neste blog um artigo publicado inicialmente no site Desacato de autoria do geógrafo, pesquisador e professor dr. Nilson César Fraga (UEL) sobre a alteração do nome da referida região turística, a qual ignora a cultura cabocla e propõe um nome genérico. No último dia 10 de dezembro, o poder legislativo do município de Ibiam-SC aprovou a moção de repúdio nº 05/2019 proposta pelo vereador Mauri Miorelli Dissegna (Partido dos Trabalhadores) em contraponto à alteração. 

Abaixo, o texto integral da referida moção:


Moção De Apelo e Repúdio nº 005/2019

O Vereador abaixo assinado, cumpridas as formalidades regimentais e ouvido o Colendo Plenário, apresenta MOÇÃO DE APELO E REPÚDIO, nos seguintes termos: Considerando que no dia 04 de julho de 2019, em Catanduvas, SC, a Instância de Governança Regional Turística do Vale do Contestado, em reunião do grupo de 55 cidades do Contestado, eliminou a IGR Vale do Contestado e instituiu a IGR Vale dos Imigrantes;
Considerando que a utilização do termo regional Contestado, que há muitos anos se instituiu como uma indicação geográfica, dando nome próprio para uma das regiões que mais demandam de políticas públicas em Santa Catarina - políticas públicas para romper um ciclo histórico de abandono, pobreza e miséria, advindo do final da Guerra do Contestado, em 1916; Considerando que a mudança da IGR Vale do Contestado, para a IGR Vale dos Imigrantes, torna a região da Serra Acima Catarinense esvaziada como atrativo turístico dotado de territorialidade, alma e dignidade dentre outras regiões catarinenses; Considerando que a proposta de mudança desse destino turístico se caracteriza como um crime contra a memória de milhares de catarinenses que, entre os anos de 1912 e 1916, lutaram e tombaram para garantir que a maior parte da Serra Acima Catarinense fosse mantida como espaço de vida do povo Barriga Verde;
Considerando que foi o povo caboclo que, dilacerado por uma guerra de extermínio, recebeu milhares de colonos europeus pobres que vieram para cá; Considerando nossa obrigação lutar pela coexistência de todos e todas as pessoas nesse território catarinense;  Considerando a nossa riqueza histórica, em uma terra onde vivem todos e todas: indígenas, caboclos, caboclas, bisnetos e netos de europeus pobres que aqui construíram e reconstruíram suas vidas e, sendo aqui nesse chão multicultural que se deve erguer uma vida de coexistência entre os povos que formam o território político-jurídico catarinense; é nele, e para ele, que se deve atrair os turistas,gerando renda e riqueza para o povo do Contestado, pois se não fosse assim, toda a terra catarinense seria um enorme vale do imigrantes que não diz nada e não representa nada, pois esconde a verdadeira face de uma epopeia que se iniciou 10 mil anos antes da vida de portugueses, espanhóis, africanos e europeus, gentes que moldaram a nossa maior riqueza - a de ser uma terra multicultural e acolhedora; Considerando o Contestado, terra de cultura profundamente marcada pelas visitas do Monge Profeta João Maria, sendo ele a maior base cultural regional catarinense, como profeta eremita que curou das doenças do novo mundo, de omas, opas, nonos, nonas, caboclos, caboclas e de indígenas, merece ser respeitado, pois o Contestado é uma das maiores marcas da bravura formativa de Santa Catarina; Considerando e questionando qual o papel e o poder de uma Instância de Governança Regional de Turismo que se permitiu mudar o nome de uma região geográfica histórica, reconhecida, estabelecida e respeitada nacionalmente; Considerando que a IGR Vale do Contestado promoveu a mudança do nome para Vale dos Imigrantes, sem a promoção de um debate regional e estadual, sem ouvir a população, sem ouvir aos especialistas e estudiosos da questão da Região e da Guerra do Contestado, sem ouvir os poderes públicos regionais, sem ouvir a iniciativa privada empresarial, comercial e do setor de turismo das dezenas de cidades do Contestado; Considerando que a IGR Vale do Contestado, ao mudar seu nome para IGR Vale dos Imigrantes, eliminou grande parcela humana fundadora das bases socioterritoriais regionais do Contestado, para o genérico e vazio vale dos imigrantes, isso sem consultar - profundamente -, a população do Meio-Oeste, Planalto Sul Catarinense e Planalto Norte Catarinense; Considerando que as Instâncias de Governanças Regionais do Turismo devem formar um conjunto de municípios de uma mesma região, com afinidades ambientais, culturais, sociais e econômicas, que se unem para organizar e desenvolver a atividade turística regional de forma sustentável, por meio da integração contínua dos municípios, consolidando uma atividade socioeconômica regional; e Considerando que os atos da IGR Vale do Contestado que se autotransformou em IGR Vale dos Imigrantes, parecem ser fruto do incômodo de uma parcela da população que não se permite viver e coexistir com a multiplicidade, a diversidade e a multiculturalidades de povos que habitam Santa Catarina hoje - gente que
amalgamou a própria territorialidade catarinense nos últimos séculos, depois de tantos anos de sofrimentos, guerras e dores vividas por nossos(as) conterrâneos(as) -, não possui o direito legal, ético e moral para eliminar um dos termos indicativos geográficos mais significativos existentes no Brasil – o Contestado, REQUER o encaminhamento de MOÇÃO ao Governador do Estado, ao Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, aos Deputados Estaduais, a Presidência da Instância de Governança Regional do Vale do Contestado (Vale dos Imigrantes), nos seguintes termos: “A CÂMARA MUNICIPAL DE IBIAM, ACATANDO PROPOSIÇÃO DO VEREADOR MAURI MIORELLI DISSEGNA, APELA A VOSSA EXCELÊNCIA PARA PEDIR A REVERSÃO DO ATENTADO COMETIDO CONTRA A MEMÓRIA DAS GENTES CABOCLAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA, A QUE MUDOU A NOMENCLATURA DA IGR VALE DO CONTESTADO, PARA IGR VALE DOS IMIGRANTES, SEM O DEVIDO E NECESSÁRIO DEBATE REGIONAL ESTADUAL. EXIGIMOS A INTEGRAÇÃO SOCIOCULTURAL REGIONAL E ESTADUAL POR MEIO DA COEXISTÊNCIA DE PESSOAS E POVOS QUE FORMAM O ESTADO DE SANTA CATARINA, E NÃO ACEITAMOS DEMONSTRAÇÕES DE ÓDIO, INTOLERÂNCIA E XENOFOBIA NO CHÃO CABOCLO MANCHADO DE SANGUE, DE LUTA E DE ESPERANÇA, AQUI DO CONTESTADO. É NOSSA OBRIGAÇÃO CONDENAR FIRMEMENTE A XENOFOBIA CONTRA A CULTURA SECULAR CABOCLA FORMADORA DO ESTADO DE SANTA CATARINA."
Sala das sessões, em 10 de dezembro de 2019

____________________________________
MAURI MIORELLI DISSEGNA - Vereador PT

Fonte: Câmara de Vereadores de Ibiam-SC

3/16/2019

6ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária trará Bernardo Mançano como palestrante

A 6ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária ocorrerá no Campus da UFFS - Universidade Federal da Fronteira Sul em Laranjeiras do Sul e trará dentre outros importantes palestrantes, o pesquisador Bernardo Mançano.

🚩 6ª JORNADA UNIVERSITÁRIA EM DEFESA DA REFORMA AGRÁRIA
UFFS - Campus Laranjeiras do Sul

Dia 20/03
20H - PLENÁRIA "AS TERRITORIALIDADES DA REFORMA AGRÁRIA" (Profº Dr. Bernardo Mançano Fernandes)

Dia 21/03
09H - PLENÁRIA "O MST E O TERRITÓRIO DA REFORMA AGRÁRIA NA REGIÃO CENTRO DO PARANÁ"(Membros do MST e Profº Dr. Bernardo Mançano Fernandes)

🥦🍅🍞8 às 17H - FEIRA DE EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS DA REFORMA AGRÁRIA

Clique na imagem para ampliar:


10/20/2018

Expedição analisa qualidade da água do Iguaçu e mobiliza sociedade em defesa do rio

Via SOS Mata Atlântica - boletim recebido por e-mail.



Durante dez dias, equipe da SOS Mata Atlântica percorreu 1.100 km do rio – de sua formação à foz -, para analisar a qualidade da água 
A Fundação SOS Mata Atlântica realizou, nos últimos dez dias, uma expedição técnica que percorreu o rio Iguaçu – desde sua formação, no encontro dos rios Iraí e Atuba, em Curitiba, até a  foz no rio Paraná, na tríplice fronteira em Foz do Iguaçu. Neste período, que finaliza nesta sexta (19), em evento no Parque Nacional do Iguaçu, a ONG analisou a qualidade da água de um dos corpos hídricos mais importantes do Brasil, especialmente porque o rio Iguaçu possui trecho protegido pelo Parque Nacional do Iguaçu – Patrimônio Natural Mundial. Somado à coleta e análise da água nos 19 pontos, a equipe da expedição conversou com moradores, especialistas e lideranças que convivem com o rio e seus afluentes e que promoveram, em anos anteriores, expedições ao longo da bacia hidrográfica.
A expedição é realizada pela equipe do projeto Observando os Rios, patrocinado pela Ypê, que conta com mais de 3.500 voluntários que analisam, mensalmente, a qualidade da água de rios nas bacias do bioma Mata Atlântica, que abrange 17 estados do país.
"O Iguaçu é um emblemático rio brasileiro que, a exemplo de tantos outros, sofre com seus usos por vezes conflitantes. Falta de saneamento, diluição de esgoto, desmatamento que leva ao assoreamento, recepção de agrotóxico, barramentos para geração de energia e exploração de minérios contrastam com as necessidades cada vez maiores de acesso à água de boa qualidade, para abastecimento humano, dessedentação de animais, produção de alimentos, esporte, lazer, turismo e contato seguro. Identificar estes cenários, a condição atual do rio,  seus atores e histórias e que rio as comunidades e a sociedade querem para o futuro é a intenção desta expedição", afirma Malu Ribeiro, especialista em Água da Fundação SOS Mata Atlântica.
A ausência de uma norma internacional de qualidade da água para os países do Cone Sul, a exemplo de normas adotadas pela Comunidade Europeia, permite ameaças e retrocessos legais, como a pretensa intenção de órgãos gestores do Estado do Paraná de rebaixar o enquadramento do Rio Iguaçu de classe 2 para classe 4. Esse rebaixamento do rio para a classe 4 praticamente condena o Iguaçu à morte, pois permite que suas águas sejam utilizadas para diluição de poluentes, sem limites. Essa liberação faz com que rios percam qualidade, ficando cada vez mais poluídos e indisponíveis para usos da sociedade e atividades econômicas.
Durante o evento desta sexta-feira (19), em Foz do Iguaçu, a SOS Mata Atlântica reunirá parceiros locais, especialistas e gestores de Áreas Naturais Protegidas da bacia do Iguaçu, para mobilizar a sociedade e autoridades para a urgente necessidade do Brasil, assumir compromisso e metas efetivas de melhoria da qualidade da água de rios, córregos e mananciais das bacias brasileiras e transfronteiriças, como o rio Iguaçu. Além disso, a SOS Mata Atlântica quer chamar a atenção para as enormes ameaças e agressões que o rio tem sofrido no trecho brasileiro, desde sua formação na região metropolitana de Curitiba, até a foz.

2/12/2018

Brasil está entre os cinco países mais desiguais, diz estudo de centro da ONU

Estudo que analisou 29 países — entre desenvolvidos e em desenvolvimento — mostrou que o Brasil está no grupo de cinco nações em que a parcela mais rica da população recebe mais de 15% da renda nacional. O 1% mais rico do Brasil concentra entre 22% e 23% do total da renda do país, nível bem acima da média internacional.
A conclusão é de estudo dos pesquisadores Pedro Herculano Guimarães e Marcelo Medeiros, do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), publicado recentemente pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC-IG/PNUD).
Contraste entre as desigualdades no município do Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins - ODS 10
Desigualdades no Rio de Janeiro. Foto: Luiz Gonçalves Martins – ODS 10
Estudo que analisou 29 países — entre desenvolvidos e em desenvolvimento — mostrou que o Brasil está no grupo de cinco nações em que a parcela mais rica da população recebe mais de 15% da renda nacional. O 1% mais rico do Brasil concentra entre 22% e 23% do total da renda do país, nível bem acima da média internacional.
A conclusão é de estudo dos pesquisadores Pedro Herculano Guimarães e Marcelo Medeiros, do Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), publicado recentemente pelo Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC-IG/PNUD).
Com base nos dados de Imposto de Renda referentes ao período de 2006 a 2014, os autores do estudo “The concentration of income at the top in Brazil” (a concentração de renda no topo da pirâmide no Brasil, em tradução livre) mostram que a desigualdade não diminuiu no país nos oito anos analisados, diferentemente do apontado por pesquisas domiciliares.
“Quase nada mudou no que se refere à concentração de renda no topo da pirâmide durante o período analisado”, disseram os pesquisadores.
“Embora as diferenças metodológicas não nos permitam dar um ranking oficial e definitivo de países, as evidências disponíveis mostram claramente que o Brasil está entre os mais desiguais, muito à frente da maioria dos outros países”, afirmou a conclusão do estudo.
Os pesquisadores atribuem a diferença de resultados na comparação com as pesquisas domiciliares aos ganhos de capital, mais bem detectados pelas declarações de Imposto de Renda.
Segundo eles, a desigualdade de renda no Brasil é preocupante, uma vez que está muito acima dos padrões internacionais.  A proporção do total da renda recebida pelo 1% mais rico da população fica entre 5% e 15% em 24 dos 29 países analisados, um grupo heterogêneo que inclui Holanda e Uruguai. Apenas cinco países — Brasil, África do Sul, Argentina, Colômbia e Estados Unidos — estão acima desse nível. No Brasil, a concentração da renda nas mãos do 1% mais rico é o dobro da média geral.
“O Brasil só atingirá níveis moderados de desigualdade, como os da Europa, se a concentração de renda no topo diminuir dramaticamente”, disseram os pesquisadores. “Isso demandará políticas que promovam tanto o rápido crescimento da renda dos mais pobres como a direta redistribuição (da renda) do topo”.
Os resultados ressalvam que, de fato, houve alguma redistribuição de renda entre as camadas intermediárias da população brasileira, mas a desigualdade se manteve estável entre os setores mais ricos e mais pobres. Como a renda continua muito concentrada no topo, não houve uma diminuição significativa da desigualdade nesse período, concluíram.
Os pesquisadores criticam os incontáveis exemplos de ações estatais tomadas no sentido oposto à redução da desigualdade de renda nesses países, tais como aposentadorias generosas para funcionários públicos, a baixa participação da tributação direta na carga tributária bruta e o acesso privilegiado a crédito público subsidiado.
“A experiência histórica mostra que buscar o crescimento a todo custo e esperar que ele resolva todos os nossos problemas distributivos não funcionou no passado e dificilmente funcionará no futuro”, declararam.
Via ONU Brasil

11/24/2017

Vestibular 2018 da Unicentro - Resultado - Classificação Geral

A Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná - Unicentro divulgou o resultado do vestibular 2018. Confira o resultado da primeira chamada clicando aqui.

Vestibular 2018 da Unicentro - Resultado da Primeira Chamada

A Universidade Estadual do Centro Oeste do Paraná - Unicentro divulgou o resultado do vestibular 2018. Confira o resultado da primeira chamada clicando aqui.

11/12/2017

Mobiliza Curitiba entrega a vereadores propostas para revisão do Zoneamento da cidade



Integrantes da Frente Mobiliza Curitiba se reuniram, nesta quarta-feira (8), com vereadores da Comissão de Urbanismo da Câmara Municipal de Curitiba para apresentar as principais reivindicações do grupo no processo de revisão da Lei de Zoneamento de Curitiba.
Os cinco integrantes da Frente que participaram da atividade reforçaram a necessidade de considerar a participação popular no processo, e entregaram um documento com os principais pontos debatidos pelo coletivo para a revisão da Lei.
Uma das principais propostas do Mobiliza Curitiba é a demarcação de Setores Especiais de Habitação de Interesse Social (Sehis), que permite regras de construção e tamanhos de lotes diferenciados, e que possibilita a regularização fundiária de comunidades que estão em situação irregular. Na prática, esses setores garantem o acesso à terra para a população e baixa renda.
A demarcação de Sehis está prevista no Plano Diretor de Curitiba, aprovado em 2015, mas não está contemplada no atual projeto de lei.
Para exemplificar a importância de prever esse instrumento urbanístico na nova legislação, os membros do Mobiliza Curitiba apresentaram aos vereadores da Comissão um mapa das ocupações irregulares da cidade, para mostrar onde estão as mais de 380 comunidades poderiam ser regularizadas na capital paranaense.
Tramitação
O projeto de lei do zoneamento da cidade está em fase de construção por parte do Poder Executivo municipal, através do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). Uma minuta com o esboço do projeto foi apresentada ao público durante audiências públicas realizadas nas diferentes regionais da cidade. Após finalizado, o projeto segue para votação na Câmara Municipal e, se aprovado, segue para sanção do prefeito.
A proposta já deveria estar tramitando na Câmara mas, segundo os vereadores, uma mudança na direção do Ippuc atrasou o envio ao legislativo. Dessa forma, as audiências que devem ser realizadas no âmbito da Câmara foram adiadas e estão previstas para acontecer somente em 2018.
A Frente Mobiliza sugeriu a realização de um evento em conjunto com a sociedade civil sobre o tema da moradia. Os vereadores concordaram com a centralidade do assunto e vão considerar a possibilidade de incluir o evento na agenda oficial da Câmara.
Veja aqui o documento entregue pela Frente Mobiliza à Câmara.

Fonte: Terra de Direitos 

4/09/2017

III SENGES - Seminário Nacional de Geografia Econômica e Social


AGB divulga nota de repúdio às alterações no Censo Agropecuário Nacional



A Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), em conjunto com os Grupos e os Laboratórios de Pesquisa em Geografia, Economia e Ciências Humanas e Sociais, lançaram uma nota em repúdio às alterações propostas pela Diretoria de Pesquisa da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Censo Agropecuário Nacional.
De acordo com as entidades, as mudanças propostas atingirão a qualidade dos dados produzidos e a possibilidade de construção de conhecimento sobre o agrário e o agrícola no país, impedindo a elaboração de políticas sociais e de desenvolvimento para o campo brasileiro.

Assista aqui o Documentário "Os últimos campos gerais"
Dentre os prejuízos das mudanças estão a perda histórica de dados, a impossibilidade de análise dos processos de desenvolvimento da produção familiar, o não reconhecimento da importância de dados sobre a produção agroecológica e uso de agrotóxicos e  a obtusa leitura do espaço rural, no que diz respeito às informações acerca do uso e da disponibilidade dos recursos hídricos.
Leia a nota na íntegra: 
A Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), os Grupos e os Laboratórios de Pesquisa em Geografia, Economia e Ciências Humanas e Sociais, ao tomarem conhecimento das alterações propostas pela Diretoria de Pesquisas da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Censo Agropecuário Nacional, vem a público manifestar o seu repúdio a mais uma ação de precarização e imputação de prejuízos à Ciência Nacional, atingindo sobremaneira a qualidade dos dados produzidos e, consequentemente, a possibilidade de construção de conhecimento sobre o agrário e o agrícola do país, que possa subsidiar devidamente a elaboração de políticas sociais e de desenvolvimento para o campo brasileiro. A Diretoria de Pesquisas do IBGE, sob o repetido discurso de ausência de recursos, promove uma redução na quantidade e na qualidade de informações a serem levantadas pelo Censo Agropecuário da ordem de 60%. Tal redução concorre com:
a) a perda histórica de dados que já vem sendo consumada com o comprometimento da regularidade na periodicidade de 10 anos para a realização do Censo, e que, se concretizada tal redução, perde ainda mais a capacidade de análise espacial e temporal comparativas, bem como dos resultados sociais produzidos pelas inúmeras políticas públicas realizadas pelo Estado brasileiro;
b) a impossibilidade de análise dos processos de desenvolvimento da produção familiar, eliminando as informações relativas ao maior universo social do campo brasileiro, os camponeses (agricultores familiares), considerando que estes sujeitos sociais respondem por mais de 70% da produção nacional de alimentos e mais de 80% do pessoal ocupado no campo brasileiro e foram beneficiários das várias políticas públicas voltadas para a produção, a assistência técnica, a comercialização e a distribuição de alimentos, tais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), entre outras, que consolidaram a rede Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), e que também colherá prejuízos de acompanhamento de seus resultados;
c) o não reconhecimento da importância de dados sobre a produção agroecológica e uso de agrotóxicos, uma vez que a retirada das questões sobre os processos produtivos impossibilitam identificar as mudanças nas práticas de manejo ambientalmente corretas e o reconhecimento do pluralismo social e tecnológico da produção agrícola brasileira, e,
d) a obtusa leitura do espaço rural, no que diz respeito às informações acerca do uso e da disponibilidade dos recursos hídricos que, atualmente, não mais se coloca como um problema isolado das áreas semiáridas do país, mas se revela num problema central de abastecimento e na produção agrícola e agroindustrial em todas as regiões, atingindo drasticamente os grandes centros urbanos e suas áreas limítrofes, concorrendo com a utilização das águas subterrâneas e produzindo quadros generalizados de baixa disponibilidade hídrica. Neste caso, perde-se, inclusive, os resultados das políticas de construção de cisternas e tecnologias sociais de abastecimento público. Considera-se, ainda, que a ausência de tais questões, obscurece à sociedade brasileira o peso que a produção agrícola e agroindustrial de commodities têm sobre o consumo de água, e continua-se a colocar sobre cada cidadão individualmente a responsabilidade sobre a crise hídrica nacional.

Trata-se de uma medida que representa a omissão de informações e a busca de invisibilização social, econômica e produtiva da maior parte dos produtores agrícolas brasileiros. Assim a AGB e as entidades que subscrevem este documento, conclamam seus associados, pesquisadores, entidades científicas e ao qualificado corpo técnico do IBGE, que se oponham a este processo de precarização da Ciência Nacional, impeçam os sérios prejuízos à produção do conhecimento e denunciem o objetivo central dessas alterações: desvanecer a importância da contribuição do trabalho e da produção familiar camponesa à sociedade brasileira.

São Paulo, 28 de março de 2017.

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AGB – ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS
DIRETORIA NACIONAL
ANPEGE – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia
ABRA – Associação Brasileira de Reforma Agrária
AGRÁRIA – Laboratório de Geografia Agrária – (USP), São Paulo-SP
CEGET – Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (UNESP), P. Prudente-SP
CEAT – Centro de Estudos Agrários e do Trabalho. UEPB – Campinas Grande – PB
CETAS – Centro de Estudos do Trabalho, Ambiente e Saúde (UNESP), P. Prudente-SP
COLETIVO QUEIXADA – Curso de Licenciatura em Geografia (UFPR), Setor Litoral-PR
ENCONTTRA – Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra (UFPR), Curitiba-PR
GEOLUTAS – Geografia das Lutas no Campo e na Cidade (UNIOESTE), Marechal C. Rondon-PR
GETERR – Grupo de Estudos Territoriais (UNIOESTE), Francisco Beltrão-PR
GPECT/PPGEO – Grupo de Pesquisa Estado, Capital e Trabalho (UFS), São Cristóvão -SE
GRUPO PET GEOGRAFIA – UFAC, Rio Branco, AC
LABERUR – Laboratório de Estudos Rurais e Urbanos (LABERUR/UFS) São Cristóvão – Se
LAB. ESTUDOS E PESQUISAS SOBRE ESPAÇO AGRÁRIO E CAMPESINATO/UFPE, Recife-PE
LABOTER/TRAPPU – (UFG), Goiânia-GO
LAEPP (CEAPLA) – (UNESP), Rio Claro-SP
LAGEA – Laboratório de Geografia Agrária (UEM), Maringá-PR
LAGEA – Laboratório de Geografia Agrária (UFU), Uberlândia – MG
LATEC – Laboratório de Análises Territoriais Campo-Cidade (UEL), Londrina-PR
NAPTERRA – Núcleo de Apoio aos Povos da Terra (UNILA), Foz do Iguaçu-PR
NATRA – (UNESP),Franca-SP
NERA – Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (UNESP), P. Prudente-SP
OBSERVATÓRIO DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ – UFPR – Curitiba- PR
REDE DATA LUTA – Grupos de Pesquisa sobre a Luta pela Terra – Brasil
TRAMAS – Terra, Trabalho, Memória e Migração (UFSCAR), São Carlos-SP
Fonte: Terra de Direitos

Abaixo assinado contra a redução da APA da Escarpa Devoniana - clique aqui