Nos 324 anos de Curitiba, comemorados nesta quarta-feira, 29, o presente que a cidade ganhou do prefeito Rafael Greca (PMN) foi um pacote de medidas que sacrificam servidores e a população em geral com aumento de impostos e cortes de benefícios. O fato é que uma parte da dívida que Greca diz que herdou do antecessor e que usa como justificativa para o chamado ajuste fiscal foi produzida por ele mesmo, na sua primeira gestão, entre 1992 e 1996, lembrou o deputado estadual Tadeu Veneri (PT), durante a sessão plenária.
Veneri se referia à dívida do município com o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPMC) acumulada por Greca durante sua administração e que foi repassada aos sucessores. O débito gerou uma crise no IPMC eNo início de 99, Veneri propôs a criação da comissão especial para investigar a dívida do IPMC. Em depoimento à Comissão, o presidente do conselho fiscal do IPMC à época, José Marques, revelou que a ex-presidente do órgão Maria Emi Schimizaki assinou um termo de transação com a prefeitura de Curitiba em que abdicou de um crédito de R$ 53, 8 milhões, referentes à contribuição não repassadas pelo município. “Esses valores deixaram de ser recolhidos durante a gestão de Greca que agora, está apostando na falta de memória da população para jogar a responsabilidade sobre a crise financeira nos ombros dos outros”, disse Veneri.
Ele lembrou que o acordo foi assinado em um feriado, 8 de setembro de 1998, para passar despercebido. Mas a Comissão, da qual Veneri foi relator, concluiu que houve malversação dos recursos públicos e do patrimônio do instituto, ausência de mecanismos de fiscalização e de controle dos gastos e ainda indícios de irregularidades em operações realizadas pelos ex-dirigentes. O termo de transação firmado entre maria Emi e Taniguchi foi uma das operações apontadas e que foram denunciadas ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado.
No pacote
Entre as propostas anunciadas por Greca estão o aumento de 2,4% para 2,7% da alíquota do ITBI para imóveis com valor entre R$ 140 mil e R$ 300 mil, o fim da isenção do pagamento da taxa de coleta do lixo para imóveis isentos do pagamento do IPTU e a desestruturação das carreiras dos servidores.
Fonte: assessoria de imprensa do dep. Tadeu Veneri
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