Realizada no Distrito Federal pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), capacitação visa oferecer conhecimentos para jovens brasileiros para que estejam familiarizados com o processo de elaboração dos orçamentos públicos de saúde para o HIV e a AIDS no Brasil. Primeiro de quatro encontros aconteceu ao final de janeiro.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) realizou ao final de janeiro, no Distrito Federal, o primeiro encontro do Curso de Orçamento Público em Saúde, Advocacy e Negociação para Jovens Lideranças. Iniciativa busca ampliar a participação política da juventude brasileira na área da saúde. Projeto reuniu 26 indivíduos, entre pessoas vivendo com HIV/AIDS, gays e outros homens que fazem sexo com homens, travestis, transexuais e afrodescendentes.
“Desde 2013, temos nos dedicado à agenda jovem, especialmente à formação e inclusão de jovens lideranças de populações-chave e populações vulneráveis ao HIV, para que possam ocupar esses espaços de incidência política no Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou a diretora do UNAIDS no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, no encontro, que aconteceu nos dias 30 e 31 de janeiro.
O objetivo da capacitação é oferecer instrumentos aos jovens, como conhecimentos técnicos e práticos, para que estejam familiarizados com os processos de elaboração e aprovação de orçamentos públicos para o HIV e a AIDS no Brasil. O projeto também desenvolverá as habilidades de negociação, atuação em rede e defesa efetiva de demandas da população.
Um dos facilitadores do curso, Iradj Eghrari, explica que a participação política exige saberes específicos. “Fazer incidência política e advocacy é algo que necessita de técnica, de metodologia, de know-how. Muitas vezes a gente acha que é capaz de chegar, falar com um deputado ou com um gestor público, apresentar uma demanda e será mais que o suficiente. Isto não é verdade. É preciso saber como fazer”, defende.
Para Grazielle Mendes, uma das participantes da formação, o jovem é agente fundamental na resposta ao HIV no Brasil. “Se não incluir o jovem nas campanhas, na promoção e no combate ao HIV e às outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), nada tem resultado”, afirma.
O curso do UNAIDS é dividido em quatro sessões presenciais, que serão realizadas entre janeiro e abril de 2018 e intercaladas pela realização de atividades em campo e de estudos dirigidos. Todas as etapas terão o acompanhamento presencial e à distância de Eghrari e da equipe do UNAIDS no Brasil.
Via ONU Brasil
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