2/08/2018

Descaso dos governos Greca e Richa levam servidores às ruas de Curitiba


Trabalhadores e trabalhadoras realizaram protestos na Câmara Municipal e na Alep

CURITIBA - A segunda-feira (5) foi marcada por manifestações dos servidores públicos na capital. De um lado, trabalhadores e trabalhadoras municipais se reuniram em frente à Câmara Municipal de Curitiba para protestar contra o aumento de impostos, sucateamento de serviços públicos e o congelamento de salários do funcionalismo. De outro, educadores do Estado vão à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e ao Palácio Iguaçu, em defesa da educação pública, para denunciar o congelamento dos salários desde 2016; a redução salarial, entre outras reivindicações de uma pauta que inclui mais de 50 itens.

Protesto na Câmara

Sob protestos de servidoras e servidores municipais em frente à Câmara Municipal de Curitiba, o prefeito Rafael Greca (PMN) abriu os trabalhos da casa legislativa nesta segunda-feira (5). Em sua fala, o prefeito resumiu-se a enaltecer eventos e a atacar opositores e a população que tem se manifestado contra a seu governo, como, por exemplo, os moradores da Vila Barigui, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que realizaram na última sexta-feira (2) um ato exigindo a reabertura imediata da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) CIC.

Enquanto do lado de fora do Palácio Rio Branco, trabalhadoras representadas pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) faziam um protesto em tom de marchinha de carnaval com o "Bloco das Sereias Barbudas e a Nau de Greca", do lado de dentro o prefeito minimizava os atos contrários à sua gestão. "Calem-se as vozes que dizem que eu não quero abrir a UPA da CIC. A UPA vai ser aberta por um modelo novo, terceirizado. Vou ousar, experimentar", discursou.

A mobilização em frente à Câmara de Vereadores teve como alvo principal o aumento de impostos e o congelamento de salários do funcionalismo. "A fala dele sempre é que está tudo bem, que a cidade está ótima, que não temos problemas. É uma fala fantasiosa", classificou a vereadora do PT, Professora Josete, ao afirmar que o prefeito esconde a realidade da cidade. "O protesto na CIC tinha mais de duzentas pessoas e trancou duas vias porque a população precisa da reabertura da unidade de saúde, mas é contra essa forma de terceirização", contrapôs.

O protesto das servidoras e servidores foi acompanhado por equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Guarda Municipal. "Essa manifestação é uma resposta ao prefeito que desvaloriza e desqualifica o funcionalismo. Que congela salários e planos de carreiras. Isso é consequência da atitude do prefeito, que é arrogante e autoritário. Na sua fala fantasiosa, deu para perceber que o prefeito ainda não desceu do salto, que continua na toada do escárnio e do preconceito ao funcionalismo público", concluiu Josete.

Protesto na Alep

Um protesto em defesa da educação pública do Paraná marcou o início dos trabalhos de 2018 na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A mobilização, organizada pela APP-Sindicato, fez parte do calendário de lutas aprovado pela categoria. "Esse é um ato com o objetivo de denunciar as ilegalidades que o governador Beto Richa vem cometendo na educação do Paraná. Medidas que administrativamente vem precarizando o dia a dia de nossas escolas", apontou o professor Hermes Leão, presidente da APP.

Segundo o dirigente sindical, os educadores tem uma pauta extensa, com mais de 50 itens, porém o ato foi focado em alguns pontos centrais para a categoria: o congelamento dos salários desde 2016; a redução salarial dos professores temporários (PSS); contra a redução da jornada de hora atividade e ataques às licenças na distribuição de aulas; contra redução de turmas e fechamento de escolas; em apoio ao projeto de lei de retirada de faltas consignadas ilegalmente pelo governo estadual; e contra a Lei da Mordaça.

Os deputados estaduais do PT, Péricles de Mello, Professor Lemos e Tadeu Veneri, acompanharam e apoiaram a manifestação dos professores e servidores de escolas públicas do Paraná.

"Lutar hoje pela educação e pelas condições dignas de trabalho é lutar por uma escola pública de qualidade, é lutar contra a precarização completa da escola", afirmou o deputado estadual Péricles de Mello.

"É um absurdo mexer com a jornada dos pedagogos e pedagogas, penalizando esses profissionais. É um absurdo reduzir o salário dos PSS. Isso é uma crueldade contra os professores, contra os servidores da educação", comentou o deputado Professor Lemos, líder do PT na Assembleia.

"Todos os paranaenses sabem que a educação não é, nem de longe, a prioridade do governo Beto Richa. O Paraná tem um governo que massacrou de todas as formas possíveis os professores e trabalhadores da educação, que não se importa com a qualidade do ensino e com os estudantes", destacou o deputado Tadeu Veneri, líder da bancada de oposição.

Via PT Paraná

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