A designer brasileira Júlia Cristofi, de 26 anos, moradora de São Caetano do Sul (SP), ficou em primeiro lugar na Competição Internacional de Pôsteres sobre o Holocausto, concurso cuja etapa brasileira foi promovida pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em conjunto com representantes do memorial israelense Yad Vashem.
A designer brasileira Júlia Cristofi, de 26 anos, moradora de São Caetano do Sul (SP), ficou em primeiro lugar na Competição Internacional de Pôsteres sobre o Holocausto, concurso cuja etapa brasileira foi promovida pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em conjunto com representantes do memorial israelense Yad Vashem.
Um júri internacional selecionou os 12 melhores pôsteres a partir de mais de 150 inscrições de designers e estudantes de design de Áustria, Bósnia e Herzegovina, Brasil, China, Hungria, Índia, Indonésia, Israel, Peru, Polônia, Rússia, Sérvia e Eslovênia.
Os trabalhos serão exibidos em diversos países para a ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, lembrado em 27 de janeiro, enquanto a exposição original será realizada na sede da ONU, em Nova Iorque, na mesma data. O primeiro lugar receberá um prêmio de 500 dólares, o segundo de 300 dólares e o terceiro, de 200 dólares.
Tendo como tema central “Mantenha a Memória Viva — Nossa Responsabilidade Compartilhada”, o concurso foi um projeto conjunto do Programa das Nações Unidas para Divulgação do Holocausto com a Escola Internacional para Estudos do Holocausto do Yad Vashem. A iniciativa também é patrocinada pela Fundação Asper e endossada pela Aliança Internacional pela Memória do Holocausto (IHRA, na sigla em inglês).
O pôster criado por Júlia apresenta imagens de sobreviventes do genocídio. “A principal ideia foi que os sobreviventes tomassem o protagonismo do pôster, pois são eles que têm a história a nos contar, são a memória viva em si e nós, como sociedade, temos a responsabilidade de recontar o que eles viram e passaram”, disse a designer em entrevista por telefone ao UNIC Rio.
“Como a chamada era ‘mantenha a memória viva’, pesquisei no site do memorial do Holocausto e nas redes sociais deles, e vi que havia muita coisa desses sobreviventes cujos retratos coloquei no pôster”, explicou.
“O símbolo do centro do pôster é o Chai, que significa vida, em hebraico. Costuma-se usar esse símbolo como pingente, como uma espécie de proteção”, disse ela.
Julia também se inspirou em um canal do memorial no YouTube, que apresenta entrevistas com sobreviventes. A cada ano, seis deles são escolhidos pelo Yad Vashem para acender tochas na sede da organização em Jerusalém, em memória dos 6 milhões de judeus mortos no Holocausto.
“Concursos como este são muito importantes para que a sociedade fale mais do Holocausto, para que isso não se repita”, disse Júlia, que trabalha com divulgação empresarial e frequentemente participa de concursos de artes visuais. Este foi o primeiro concurso de pôsteres da ONU do qual ela participou.
Exposição no Rio de Janeiro
No dia 29 de janeiro, o Centro de Informação das Nações Unidas (UNIC Rio) inaugura a exposição “Mantendo a memória viva: Nossa Responsabilidade Compartilhada” .
O diretor do UNIC Rio, Maurizio Giuliano, e o vice-presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), Claudio Goldemberg, participam do evento, que terá ainda a exibição de um vídeo com depoimentos de sobreviventes do Holocausto que moram no Brasil.
A mostra fica em cartaz no Palácio Itamaraty (Av. Marechal Floriano, 196 – Rio de Janeiro) até o dia 28 de fevereiro.
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