Os resultados da Moratória da Soja 2016/2017 foram divulgados nesta quarta-feira (10), em uma solenidade no Ministério do Meio Ambiente que reuniu governo, indústria, sociedade civil e jornalistas. De acordo com o relatórioanunciado pelo ministro do Meio Ambiente e pelo Grupo de Trabalho da Soja, nos 11 anos de existência da Moratória apenas 1,2% do desmatamento na Amazônia está associado ao cultivo de soja.
"A Moratória, uma ação conjunta com a sociedade civil e o produtor, prova que é possível desenvolver sem precisar desmatar. Muitos produtores valorizam o bem ambiental e esse é um dos caminhos para chegar à sustentabilidade", afirma o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
O coordenador da Coalização Brasil Clima, Floresta e Agricultura, Marcelo Furtado, defende a importância de valorizar quem faz certo. "Precisamos identificar quem faz parte desse 1,2% e deixar o consumidor e o mercado decidirem se eles querem ser coniventes com o desmatamento".
Desde o início da Moratória, a área cultivada com soja na Amazônia mais que triplicou. Para o diretor-executivo do IPAM, André Guimarães, este é um mecanismo de mercado que atingiu alto grau de sucesso e deve ser expandido para outros biomas. "A Moratória da Soja é um compromisso importante que busca soluções para a redução do desmatamento entre diferentes atores. E este é um processo de diálogo que deve ser levado para outros biomas."
Durante o evento foi anunciada a formação do Grupo de Trabalho do Cerrado (GTC). O bioma Cerrado é desmatado cinco vezes mais rápido do que a Amazônia.
"O sucesso da Moratória da Soja é reconhecido em diversos foros nacionais e internacionais. Essa iniciativa de mercado está consolidada há mais de uma década e vem contribuindo significativamente tanto para o aumento da produção de soja quanto para a preservação da vegetação nativa na Amazônia. Precisamos aproveitar essa expertise e replicar esse modelo bem sucedido para outros biomas, principalmente o Cerrado, que vêm enfrentando preocupantes taxas de conversão historicamente", afirma a pesquisadora do IPAM, Gabriela Russo.
Via IPAM
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